hoje é aniversário de Bras-ílha. a esplanada dos ministérios está toda organizada para receber ao menos metade da população brasileira. são 7 palcos de shows, tendas de todos os tipos, jogos, balonismo e até um campo de futebol foi montado em meio o gramado imenso da esplanada. são 4 mil policiais militares fazendo a guarda, mais muitos bombeiros, postos médicos. foram gastos 9 milhões comemorativos aos 51 anos da capital do Brasil.
o estranho é que faltam pessoas para curtir a festa! os quase 3 milhões de habitantes de Brasília residem prioritariamente no entorno do plano piloto, o que torna o deslocamento para a esplanada quase que impossível em finais de semana e feriados. a população pobre, à quem a festa se direcionaria, porque classe média e média alta em Braília não frequenta a esplanada em festividades, fica incluída fora da festa nestas condições geográficas, políticas e sociais.
eu passei o dia em casa, lendo, relendo, refletindo. Desolador ler o Le Monde Diplomatique. pior ainda se o objetivo for ler o jornal todo. conforme fui ançando páginas a dentro foi dando uma maior sensação de impotência, uma maior agonia em pensar que esse mundo está tão perdido de problemas profundos, que aproveitei que estava de pijamas e tentei dormir um pouco e aproveitar o final de tarde do feriado para também relaxar com uma soneca, mas de pouco adiantou: sonhei com o navio atuneio de uma das reportagens do Le Monde.
navios espanhóis gigantes (mais de 700) pescam perto da área marítima da Somália, assim como os navios belgas e franceses, e o conflito estabelecido está em torno da Somália ser um dos países mais pobres do mundo, o impacto ambiental que esse tipo de pesca e verdadeiras guerras em alto mar tem sido travadas com estes e navios piratas somalianos. coisa de filme! mas pura realidade.
em meio ao feriado e a minha proposta de passar o dia lendo e refletindo está o fato e a sensação de vestir pijamas, em casa e no mundo.
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