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Quando todas as coisas
se encontram em uma única matéria
e querem dela voz,
é chegada a hora de continuar a juntar.


12 de out. de 2010

Não nos perguntaram se queremos!

No Brasil, o cultivo de soja transgênica roundup ready (RR) da multinacional Monsanto existe há 15 anos. A promessa atrativa do cultivo de organismos geneticamente modificados (vulgo transgênico) se fez em cima do argumento de que o agricultor teria duas vantagens principais: diminuição do uso de agrotóxicos e maior produtividade. Em menos de 10 anos já se sabia que essas vantagens não aconteciam na pratica. Há inúmeros estudos que mostram como nesse período o aumento ao uso de agrotóxicos e a queda da produtividade estão inteiramente relacionados ao plantio de soja transgênica, por dois motivos principais: assim como a soja RR é resistente ao agrotóxico as plantas espontâneas também passaram a ser, aumentando assim a necessidade de usar mais agrotóxicos para conter as plantas; e, que a queda da produtividade está relacionada à soja RR ter um gene estranho em sua composição e que para isso a planta injeta mais energia para se manter o que reduz seu potencial produtivo.

Outro aspecto importante que esse ensaio quer destacar é o risco à saúde e efeitos tóxicos da soja transgênica. Desde que a soja RR foi aprovada para comercialização identificou efeitos adversos em cobaias alimentadas com a soja transgênica que não foram observados em cobaias alimentadas com soja não transgênica. Alguns exemplos dos riscos à saúde: - ratos alimentados com soja RR ao longo de 24 meses apresentaram alterações celulares significativas no fígado, pâncreas e testículos, assim como camundongos alimentos com soja RR durante toda a sua vida apresentaram envelhecimento no fígado; - coelhos alimentados com soja RR mostraram distúrbios na função enzimática nos rins e coração; - ratos fêmeas alimentadas com soja RR apresentaram alterações em seus úteros e ovários; - hamsters alimentos com soja RR por três gerações perderam a capacidade reprodutiva na terceira geração, além de maiores mortalidades das crias e crescimento lendo.

Poucos estudos analisaram diretamente os efeitos dos alimentos transgênicos nos humanos. Contudo, dois estudos apontaram problemas potenciais: o primeiro estudo afirma que o DNA transgênico da soja RR sobrevive à passagem pelo intestino delgado “e pode, portanto, estar disponível para ser absorvido por bactérias ou células intestinais” (15); o segundo estudo afirma que o DNA da soja transgênica “foi transferido para células intestinais e continuou a ser biologicamente ativo” (15). Enfim..

Estranho é pensar que a superbactéria KPC, que já matou 18 pessoas no DF, trata-se da chamada Klebsiella pneumoniae com a presença de um gene chamado NDM – 1*. Estranho ainda, é pensar que a Klebsiella pneumoniae é responsável por um tipo de pneumonia e que após ter compartilhado com o NDM – 1, que não se sabe o que é, tenha se tornado a superbactéria e incontrolável com os antibióticos existentes..

* A sigla NDM-1 que representa a expressão Nova Deli metalo-beta-lactamase-1 refere-se um gene (código genético) carregado por algumas bactérias que primeiro teriam sido identificadas na cidade de Nova Déli. Se uma cepa de bactérias carrega o gene NDM-1 ela então é resistente a quase todos os antibióticos, incluindo antibióticos carbapenêmicos – também conhecido como antibióticos de última instância.

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